02 abril, 2005
EVENTO DESAGRADÁVEL
Hoje passei por uma situação desagradável que despertou intensa raiva no meu coração. São poucas as coisas que conseguem me deixar realmente puta, mas hoje fiquei com raiva e não levaria desaforo para casa. Tempos atrás ficaria quieta, mas descobri que quem saía perdendo era eu mesma, porque quando chegava em casa, ficava pensando nas coisas que poderia ter dito. E isso me fazia mal. Estou com a política de lavar a roupa suja no hora, principalmente quando se trata de preconceito racial que são manifestados das mais diversas formas. Dizer que o Brasil é um país sem preconceitos é de uma ingenuidade imensa. Existe um preconceito do qual muitas pessoas não falam, pois acham que não existe. Falo do preconceito que me atinge diretamente que é em relação aos orientais. Pra começar, as pessoas (generalizando, pois sei que nem todo mundo é assim) costumam por os povos de olhos puxados no mesmo saco. É como se chineses, coreanos, japoneses, filipinos, taiwaneses,... fossem todos iguais. NÃO SÃO. (Vide comunidade no orkut - Arigatô o caralho). Somos tachados de japas e para muitos nem adianta explicar a diferença, pois continuam generalizando. Eu sei, já tentei. Claro que todos não tem a mesma reação. Algumas pessoas realmente entendem as diferenças. Enfim... essa é uma outra questão. O que aconteceu hoje foi que estava passeando na rua com a minha mãe e pedimos uma informação para dois jovens. Enquanto um deles falava com a minha mãe, o outro colou do meu lado e disse que o sonho dele era casar com uma japonesa. Claro que aquilo era comigo. Que xaveco chulo e idiota. Respondi : -Pena que não vai. E ele disse: -Não era com você. O cara ficou todo puto. Eu revidei dizendo que pra começar era coreana. Daí num ato infantil e retardado ele começou aa me insultar gritando na rua "bolacha traquinas", aquela do rosto redondo, fazendo uma referência ao meu rosto largo. O pior é que o covarde falava sem olhar para mim, desviando o olhar. Me aproximei dele, olhei pra aquela cara idiota e gritei: - Fala na cara. O covarde nem se atreveu. Ao invés disso continou a gritar "bolacha traquinas". Novamente repeti pra ele vir falar na minha cara. Claro que não teve reação. Esse tipo de espécie masculina não espera uma reação feminina. Eles acham que vamos ficar quietas ouvindo as asneiras que eles falam e quando reagimos, perdem a coragem. Esse é um exemplo de preconceito que ouço de vez em quando. Machuca, incomoda? Claro que sim, mas não vou mais ficar quieta. Quem esse tipo de pessoa pensa que é? O pior é quando gritam: - Sushi, sashimi. Primeiro, indiretamente te chamam de japa. Nada contra eles. Até porque muitos dos meus amigos são REALMENTE descendentes de japoneses. Segundo, é a mesma coisa que eu sair por aí gritando "arroz e feijão". Tenha dó, né? Nao vou levar desaforo para casa.
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Um comentário:
oi sá....
pois é concordo plenamente com vc.. nada de levar desaforo pra casa.. lembra eu era partidária do " Vá se f***r!" desde o primeiro ano da fau... ahhahaah mas relaxa aqui se faz aqui se paga, diz o provérbio.... aliás quem sabe um dia ele não ouve alguém o chamando de "torresmo" , ou até mesmo "mocotó".....
um beijo!
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